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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tudo sobre os Fokker 50 no Grupo Varig


Toda a trama desta aeronave começou em 1980 no Brasil quando a Fokker decide enviar uma aeronave de demonstração para o Brasil, só que a fabricante holandesa fez um GRAVÍSSIMO erro. Ao enviar o Fokker 50 de matricula PH-JXK ao Brasil ela pintou a aeronave nas cores da TAM na finalidade que a TAM promovesse a demonstração. Por melhor que fosse a aeronave, os representante das empresas Votec, Taba, Nordeste e Rio Sul (incluindo a TAM eram as empresas do SITAR - Sistema Integrado de Transporte Aéreo Regional-) não queriam ao menos entrar na aeronave que ostentava as cores da TAM. Apesar desse terrivel gafe da Fokker o avião pegou aqui no Brasil graças à aquelas demonstrações com a aeronave de prefixo holandês.
Em Janeiro de 1992 a Nordeste Linhas Aéreas decide arrendar aquelas mesma aeronave com aquele mesmo prefixo. O PH-JXK. Iniciou sua carreira na Nordeste operando a rota Salvador-Ilheus-Porto Seguro-Rio de Janeiro-São Paulo e posteriormente foi realocado na rota Belo Horizonte-São Paulo onde realizava vários voos diáriamente. Mas a Nordeste ainda era uma empresa pequena para uma aeronave de 50 lugares. Tão logo quanto veio o PH-JXK deixou a companhia menos de 3 meses após o início do contrato de leasing perante a Fokker em Março de 1992. No mesmo ano em Julho a Rio Sul, uma empresa maior e mais resistente fechou contrato com a Fokker de leasing de uma aeronave Fokker 50. Advinha qual era a aeronave? Ela mesma! o PH-JXK que nas mãos da Rio Sul passou a voar como PT-SLK(primeira foto). Os Electras na ponte aérea foram tão populares e tão adorados pelo público que uma outra mini ponte aérea regional foi aberta também com uma aeronave exclusiva paquela rota. A Rio Sul decide colocar todos os seus 10 Fokker 50 exclusivamente na rota Belo Horizonte-Rio de Janeiro com 5 frequencias diárias em parceria com a TABA, essa maravilhosa parceria entre Fokker, Rio Sul, TABA, Belo Horizonte e Rio de Janeiro durou de 1992 a 1999. Esse voo fez um sucesso tremendo pois ligava o centro do Rio com o centro de Belo Horizonte, já que pousava em Pampulha. Em meados de 1994 a Rio Sul decide utilizar os Fokker 50 para outras rotas além daquela mini ponte aérea. São Paulo (congonhas), Joinville, Navegantes e Porto Alegre receberam voos diários do turboélice.
Em 1995 a Rio Sul compra 100% do capital da Nordeste e realiza uma reestruturação geral na empresa baiana. O contrato de leasing de 6 Fokker 50 para a Nordeste foi realizado no mesmo ano com o dinheiro da empresa baiana, mas após a entrega das aeronaves quatro delas passaram a voar na Rio Sul com callsing e pinturas da mesma. Os dois turboélices remanecentes operaram nas rota Salvador-Ilheus-Porto Seguro-Belo Horozinete e Recife-Fernando de Noronha-Natal. Mas quando a Nordeste finalmente "se acostumou" com o Fokker 50 a grave crise da VARIG (que até então se reservava apenas à empresa mãe) atingiu as duas regionais numa patada só em 2002. Desde aquele ano a Varig, Rio Sul e Nordeste passaram a ser uma única empresa de nome Varig e a carreira turbulenta dos Fokker 50 no Grupo Varig se encerrava naquele ano da conquista do penta campeonato mundial para a Seleção Brasileira de Futebol.

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