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sábado, 9 de junho de 2012

Os DC-10 da VARIG, desde o inicio até o fim

   A década de 1970 foi marcada por muitas mudanças tanto na aviação mundial quanto na aviação nacional. Talvez a mais importante tenha sido o lançamento do grande Boeing 747 Jumbo Jet, que prometia revolucionar o jeito de voar ao abrir uma nova categoria de aeronaves: as de corredor duplo, os wide-bodiesEste modelo passou a ser cobiçado por grande parte das companhias aéreas até os dias de hoje. Em contra partida à iniciativa norte-americana, decolou comercialmente pela primeira vez em 21 de janeiro de 1976, a aposta franco-britânica. O Concorde foi considerado o jato comercial mais rápido e o mais elegante do mundo. Infelizmente a crise do petróleo na década de 70 condenou a recém iniciada carreira do jato quadrirreator mais rápido já construído. Nesse momento da aviação o único jeito de resistir ao exorbitante preço do petróleo era encher as aeronaves ao máximo possível de passageiros por voo. E essa era a especialidade dos wide-bodies que levavam desde 200 até 370 passageiros por cada voo na época. 
   A principal aeronave utilizada pela Varig em voos internacionais, nessa época, era o Boeing 707, embora alguns Douglas DC-8 e Convair 990 ainda estivessem em serviço. Essas aeronaves eram ultrapassadas e consumiam muito combustível. Por este motivo Erik de Carvalho, então presidente da companhia, desejava substituir estas aeronaves por outras maiores e mais econômicas. O Governo Militar do Presidente Emílio Garrastazu Médici enfrentava grande endividamento externo, inflação e Crise do Petróleo. Somente a elite andava de avião e fazia viagens internacionais. Desta forma um Boeing 747 seria grande demais para uma companhia aérea brasileira. A escolha da aquisição dos DC-10 chegou em 1972, com a companhia ainda na gestão de Erik de Carvalho.
(anuncio oficial da empresa para o consumidor em revista)

   Em maio de 1974, os dois primeiros DC-10-30 da Varig, matriculados como PP-VMA e PP-VMB, foram entregues em Long Beach, na Califórnia. Em breve, mais dois aviões, matriculados PP-VMQ e PP-VMD, seriam entregues. Os DC-10-30 eram a evolução dos modelos anteriores -15 e -10. Veja a baixo a tabela de comparação entre os três modelos.
(Entrega do PP-VMA e PP-VMB em Long Beach)


   Os primeiros wide-bodies pousaram no Brasil com a configuração 2-2-2 na Classe Executiva e 2-4-2 na Econômica, totalizando 241 assentos por aeronave. Bem mais do que os 138 passageiros dos 707 que, cansados, permaneciam em voo na companhia esperando para serem substituídos pelos novos McDonnell Douglas DC-10-30.
   Além de toda melhoria e benefícios que a VARIG e seus clientes ganharam no inicio das operações do DC-10, está a principal de todas: A segurança. Foram registrados inúmeros acidentes com os DC-10 pelo mundo a fora, mas na VARIG não houve, se quer, um defeito grave em voo desses gigantes. Algo que não podemos dizer dos Boeing 707 que se envolveram em diversos acidentes, entre eles o mais misterioso da história da aviação mundial: a queda do 707 da Varig Cargo sobre o pacífico.
   A chegada dessas aeronaves exigia uma troca de figurino, apropriado à ocasião tão nobre! O novo esquema de cores, hoje considerado cansativo aos olhares, era adequado para o momento vivido na época.
   Houvera uma época que os DC-10-30 serviam em voos nacionais dando ainda mais glamour ao serviço da VARIG, que, porventura, era o melhor que a aviação nacional tinha a oferecer! 
   Os DC-10-30 sempre viveram em harmonia com a VARIG e com o Brasil. Após seu uso, a VARIG os substituiu pelo seu sucessor MD-11.  Mas, quem disse que eles pararam de voar no Brasil? Foram transformados em cargueiros pela Varig Engenharia e Manutenção (VEM) e seguiram até 2008 voando pelo mundo nas cores da VarigLog. Os MD-11 por sua vez se mantiveram voando até o ultimo dia de voo da Pioneira, em 2006. Os Boeing 747, que não chegaram ao Brasil na década de 70, realizaram o sonho de muitos entusiastas em 1992 quando a VARIG chegou a ter um total de 11 747 nas versões -200, -300 e -400 voando simultaneamente pelo Brasil e pelo mundo.
   E... Para onde foram todas os DC-10-30 que operaram na VARIG? Bem amigo, isso é uma outra história! Caso queira saber, basta clicar aqui e baixar o arquivo no 4Shared, inteiramente grátis e rápido.
   
Angumas das informações foram retiradas do blog: Cultura Aeronáutica

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