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terça-feira, 24 de agosto de 2010

VARIG

A VARIG (acrônimo em português de Viação Aérea Rio Grandense) é uma companhia aérea brasileira inoperante. Foi fundada no dia 7 de maio de 1927 em Porto Alegre (Rio Grande do Sul). A empresa, que é atualmente controlada pela Fundação Ruben Berta, atravessou um processo de recuperação judicial inédito no Brasil e atualmente não opera voos.



Em 20 de julho de 2006, após ter entrado no processo de recuperação judicial, teve sua parte estrutural e financeiramente boa isolada e vendida para a VARIG Logística S.A. através da constituição da razão social VRG Linhas Aéreas S.A., a qual, em 9 de abril de 2007, foi cedida para a Gol Transportes Aéreos.



Devido ao fato de não poder operar voos com a própria marca, que foi cedida juntamente à unidade produtiva que hoje está sob o domínio da VRG Linhas Aéreas S.A., a Fundação Ruben Berta criou a marca Flex Linhas Aéreas, que chegou a operar voos regulares comissionados pela GOL Transportes Aéreos mas, atualmente, encontra-se temporaneamente desativada.



História

A VARIG nasceu em 7 de maio de 1927, em Porto Alegre, fundada pelo imigrante alemão Otto Ernst Meyer, em conjunto com diversas personalidades teuto-brasileiras do Rio Grande do Sul, como Alberto Bins, Artur Bromberg, Waldemar Bromberg, Emílio Gertum, Jorge Pfeiffer, Ernst Rotermund, Rudolph Ahrons.[1] Era a companhia aérea mais antiga do Brasil, e uma das mais antigas do mundo.



Na década de 1960, assumiu a Real Aerovias e a Cruzeiro do Sul e também as aeronaves e as rotas da Panair do Brasil para a Europa, tomadas pelo governo militar, e passou a ser a maior companhia aérea do Brasil e da América Latina, sem concorrência nacional.



Na década de 1980, criou a Rio Sul e, na década de 1990, comprou a Nordeste e entrou para a Star Alliance. Esta época marcou também o início da crise financeira que culminou em sua venda para a Gol Transportes Aéreos, em março de 2007.



Sua primeira aeronave foi uma hidroavião Dornier Do J Wal, apelidado de Atlântico, de nove passageiros, considerado um dos mais modernos de sua época, que fez seu voo de estreia de Porto Alegre a Rio Grande, no mesmo estado.



No início, operava hidroaviões (além do Dornier Do J, contava com o Dornier Do-B Merkur) a partir da Ilha Grande dos Marinheiros, no Rio Guaíba, operando principalmente nas regiões sul e sudeste do Brasil.



Em 1932, comprou seu primeiro avião com trem de pouso, um Junkers A-50 Junior, e depois o Junkers F.13, iniciando suas operações em Porto Alegre, no terreno que daria origem ao Aeroporto Internacional Salgado Filho.





De Havilland Dragon Rapide da Varig, exposto no MUSALSeu primeiro colaborador, Ruben Berta, tornou-se o presidente da empresa e, graças às suas ligações sombrias com elementos da ditadura militar, guiou a Varig para tempos de grande expansão, quando ela tomou o Consórcio Real-Aerovias e as linhas europeias da Panair do Brasil, então a maior companhia aérea do país, fechada por decreto fraudulento do governo militar, com ajuda da própria Varig. Ele permaneceu no cargo até seu falecimento, em 1966.



Sua primeira rota internacional foi para Montevidéu, iniciada em 5 de agosto de 1942. O primeiro voo regular para os Estados Unidos foi em 1955, tendo Nova Iorque como destino, nas asas do Super G Constellation, encomendado especialmente para esta rota.



Em 1959, o Constellation foi substituído pelo primeiro jato da frota, o Sud Aviation Caravelle. No ano seguinte, entrou em operação na VARIG o primeiro Boeing 707 (prefixo PP-VJA).



Em 1961, com a incorporação do Consórcio Real Aerovias, a VARIG ganhou novas rotas e novas aeronaves, como o Convair 990 Coronado. Em 1962, chegou o primeiro dos 14 Lockheed L-188 Electra, que se tornaram famosos na Ponte Aérea Rio-São Paulo.



O primeiro Lockheed L-188A Electra II operado pela VARIG, de prefixo PP-VJM, encontra-se hoje no Museu Aeroespacial do Campo dos Afonsos no Rio de Janeiro.



Os voos para a Europa começaram em fevereiro de 1965, quando o governo militar desativou a Panair do Brasil. Em 1968, a Varig inaugurou sua linha para o Japão. Em 1974, a VARIG recebeu o primeiro dos 12 Douglas DC-10-30 que operou (prefixo PP-VMA) e o primeiro Boeing 737-200.



Em junho de 1975, tomou o controle acionário da Cruzeiro do Sul, comprada oficialmente pela VASP, que foi completamente integrada à VARIG em janeiro de 1993. Na década de 80 criou a Rio Sul.



O primeiro Boeing 747 foi incorporado à frota em fevereiro de 1981 (prefixo PP-VNA), na gestão do presidente Hélio Smidt. O primeiro Boeing 767, modelo -200 (prefixo PP-VNL), veio em 1986, inicialmente entregue à empresa aérea norueguesa Braathens (em 1987 receberia os seus próprios 767 na versão -200ER e novos de fábrica). Em 1991, vieram os dois primeiros McDonnell Douglas MD-11 (PP-VOP e PP-VOQ), seguidos pelo primeiro Boeing 747-400 (prefixo PP-VPI), mas a empresa não conseguiu mantê-los por muito tempo, devido a seu alto custo operacional. Os únicos aviões da fabricante europeia Airbus operados pela VARIG foram 2 Airbus A300 (PP-VND e PP-VNE), tendo a subsidiária Cruzeiro do Sul operado com outras duas aeronaves idênticas (PP-CLA e PP-CLB).



Na década de 90, comprou a Nordeste Linhas Aéreas. Em 1996, mudou a identidade visual. Em 1997, a VARIG entrou para a Star Alliance, a maior aliança de empresas aéreas do mundo.



A década de 90 marcou também o início da crise financeira que fez com que a empresa deixasse de voar para vários destinos no exterior e no Brasil e devolvesse mais de cinquenta aeronaves.



Nos anos 2000, criou a VARIG LOG, e recebeu, no final de 2001, o primeiro Boeing 777 (prefixo PP-VRA), batizado como Otto Meyer. Fundiu as operações com as suas subsidiárias Rio Sul e Nordeste. Vendeu a VARIG LOG e a VEM (VARIG Engenharia e Manutenção).



Em 2006, foi vendida para a VOLO e em 2007 para a Gol Transportes Aéreos. Atualmente, a Gol Transportes Aéreos está absorvendo gradativamente a marca VARIG, enquanto o restante da empresa, a Flex Linhas Aéreas, após resistir algum tempo em recuperação judicial, encontra-se parada por falta de crédito, assumindo assim uma posição de pré-falência.



 Crise e recuperação

Por mais de quinze anos a empresa apresentou balanços financeiros negativos, além de ter mudado de comando mais de cinco vezes nos num período de seis anos. Com dívidas estimadas em mais de sete bilhões de reais, as dificuldades enfrentadas pela empresa foram, supostamente, reflexo do congelamento das tarifas aéreas nas décadas de 80 e 90, complementadas por uma administração muito ineficiente.



Em 2003, o governo tentou promover uma fusão entre a Varig e a TAM, parte de um projeto para reduzir os custos operacionais de um setor que ainda sofria as consequências dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, mas que não resultou exitosa.



Em 22 de junho de 2005, a justiça brasileira deferiu o pedido de recuperação judicial protocolado em 17 de junho do mesmo ano pela Varig.



Com essa decisão, a empresa teve seus bens protegidos de ações judiciais por 180 dias, mas dispôs de um prazo de sessenta dias para apresentar um plano de viabilidade e de recuperação a seus credores. As dívidas da Varig, inscritas no balanço de 2004, chegavam a 5,7 bilhões de reais.



Em novembro de 2005 a TAP Portugal, em conjunção com investidores brasileiros, formalizam a compra das subsidiárias Varig Log e VEM, garantindo o pagamento de credores internacionais.



No mês seguinte, a Fundação Ruben Berta (FRB) fecha um acordo para transferir para a Docas Investimentos 67% das ações ordinárias da FRBPar, proprietária da Varig. A Justiça do Rio de Janeiro, no entanto, suspende a operação, justificando que a troca de controle teria de passar primeiro pela aprovação dos credores.



A FRB é afastada da gestão da Varig, enquanto os credores rejeitam a oferta da Docas Investimentos e aprovam um plano de reestruturação da companhia.



Por meio do plano de emergência - elaborado com a finalidade de sustentar o fluxo de caixa da empresa até meados de julho/agosto de 2006 - a Varig tenta conseguir mais prazo com os credores para quitar suas dívidas.



Em abril de 2006 a Varig Log oferece 350 milhões de dólares pela empresa, mas a proposta é recusada pelos credores. Uma nova oferta de 400 milhões é feita mas, sem uma definição da empresa, retirada no mês seguinte.



No dia 9 de maio uma nova assembleia dos credores define os termos de leilão da Varig, que poderá ser vendida integralmente (a Varig Operações, que cuida dos voos nacionais e internacionais) ou separada (a Varig Regional, que cuida das operações domésticas). Os preços mínimos são, respectivamente, US$ 860 milhões e US$ 700 milhões.



Após outra proposta de compra feita pela Varig Log, uma nova assembleia foi realizada em 17 de junho de 2006. Os credores da classe 1 da empresa, formada pelos trabalhadores, aprovaram a oferta. Mas os da classe 2, que conjuga fundos de pensão e o Banco do Brasil, e da classe 3, reunindo empresas públicas e de leasing, rejeitaram a proposta.



Foram mais de 20 votos contrários só na classe 3, a maior parte deles advindos de empresas estrangeiras. Este resultado inviabilizou a realização de um novo leilão da Varig, e como consequência a justiça pode vir a decretar a falência da empresa.



 A venda

Em 20 de julho de 2006, a empresa foi vendida por 24 milhões de dólares, em leilão, para a VarigLog, que assumiu 245 milhões de reais em bilhetes emitidos e o passivo (milhas acumuladas) de 70 milhões de reais do Smiles.



A VarigLog se comprometeu a emitir debêntures (títulos de dívida) de 100 milhões de reais, que poderiam ser convertidas em 10% de participação na nova empresa para funcionários e credores com garantias, como o Instituto Aerus de Seguridade Social, fundo de pensão dos empregados da empresa. A VarigLog foi a única empresa a participar do leilão. Segundo analistas, o risco de sucessão de dívidas foi o principal fator que afastou o interesse de outras empresas nos leilões da Varig. Um dos deveres do novo dono seria garantir um fluxo de caixa anual de 19,6 milhões de reais usado para pagar os credores da "velha Varig" nos próximos 20 anos.



Em 28 de julho de 2006, começaram as demissões na empresa, totalizando somente neste dia mais de 5000 postos de trabalho cortados, sem o pagamento das verbas rescisórias, que estavam arroladas no plano de recuperação judicial, bem como os 4 meses de salários atrasados e dívidas diversas com os mesmos.



Em 28 de novembro de 2006, a Varig anunciou que ia operar mais sete rotas entre 18 de dezembro e 4 de março. Desta forma, a empresa passou a voar para 12 destinos nacionais e quatro internacionais: Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Seguro, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba e Manaus (nacionais), e Caracas, Bogotá, Buenos Aires e Frankfurt (internacionais).



Em 14 de Dezembro de 2006, a Varig recebeu o Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) da Anac e as demais concessões para funcionamento, iniciando, em definitivo, a nova Varig.



 Compra da VRG Linhas Aéreas pela Gol Transportes Aéreos

Em 9 de abril de 2007 a VRG Linhas Aéreas S/A foi comprada pela Gol Transportes Aéreos, por meio de uma subsidiária da Gol Transportes Aéreos, a GTI S.A. A compra foi feita dessa forma para evitar a transferência das dívidas da Varig para a Gol.



Ao contrário do que muitos pensaram, a Varig não irá suprimir uma classe superior, fazendo com que os planos de incorporação de aeronaves à frota sejam executados de maneira simples: as da Varig terão Classe Executiva e as da Gol somente a classe Econômica.



Apenas a Primeira Classe foi suprimida, e Constantino Jr. (Presidente da Gol) alegou que isso foi feito pois hoje os passageiros não fazem questão de tanto luxo, como a Primeira Classe da "velha" VARIG era. Os passageiros da Primeira Classe eram servidos com caviar e champanhe, e isso não é feito mais em empresas aéreas de primeiro mundo, devido ao alto custo dos mesmos.



Mesmo considerando que, a Varig, nos últimos 20 anos, não era mais mencionada entre as 30 melhores companhias aéreas internacionais nas revistas e nas pesquisas especializadas, mas ainda continuava sendo uma grande marca conhecida no mundo, fato este que o influenciou a compra da empresa.



 Pós venda

Tecnicamente a GOL e a VRG se fundiram e começaram a operar os mesmos aviões, balcões de atendimento, check-in e o Smiles passou a ser completamente gerido pela GOL. A GOL assume todos os voos nacionais e para a Argentina e a Varig faz os voos para Santiago, Caracas e Bogotá. Mas, a VRG gradativamente vai "sumindo" dos céus, pois Constantino Jr., presidente da GOL, informou que todos os funcionários da GOL e VRG usarão uniformes nas cores da GOL, independentemente que estejam em aviões nas cores da VRG. Informou ainda que todos os aviões novos que o grupo receber serão pintados nas cores da GOL, e os aviões da VRG, quando tiverem de ser repintados, serão nas cores da GOL.



A GOL, consciente do valor da marca, seja no Brasil ou no exterior, decidiu manter a marca da VRG ativa e vinculá-la provavelmente ao segmento de passageiros high-revenue através do produto Classe Confort em voos internacionais operados por aeronaves até então pintadas nas cores da VRG.



Dezembro de 2009

“ A marca Varig não vai desaparecer ”



Apesar de todas as expectativas do "sumiço" do nome Varig, o presidente da Gol, Constantino Junior, afirmou em 2 de Dezembro de 2009 que "A marca Varig não vai desaparecer". Segundo ele, a marca Varig ainda é bastante conhecida pelos consumidores dentro e fora do Brasil e não sumirá como previa o mercado. Porém, Constatntino não cumpriu sua promessa, e hoje todos os aviões que ostentam as cores da Varig estãos endo pintados nas cores da GOL.Muitos aviões com os Prefixos inicados em V podem ser vistos pelo Brasil com a pintura da GOL, até mesmo o PR-VBE, que foi o primeiro avião à receber as novas cores da empresa. [2]



 Fim da recuperação judicial

Em setembro de 2009, o juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial do Rio, decretou o fim da recuperação judicial da Varig antiga, que estava operando com a bandeira Flex. De acordo com ele, as obrigações do plano de reestruturação foram cumpridos no prazo de dois anos.



A partir da publicação dessa sentença, o que ocorreu no dia 1º, Ayoub informa que a Flex tinha um prazo de 10 dias para a transição da gestão da companhia, que voltou para a Fundação Ruben Berta, acionista majoritária da Flex, com 87% do capital. A fundação havia sido afastada da gestão da Flex por Ayoub em dezembro de 2005.



A Flex operava com apenas um avião, um Boeing 737-300 que era da Gol, atual controladora da nova Varig. A Flex fazia voos para a própria Gol/Varig, por meio de acordo. Porém encontra-se sem voar desde novembro por falta de finanças, simbolizando para alguns a espera do decreto de falência e extinção assim da marca VARIG original.



 A falência

No dia 20 de agosto de 2010, a Justiça do Rio de Janeiro decretou falência da antiga Varig, além de mais duas empresas do grupo, a Rio Sul Linhas Aéreas e a Nordeste Linhas Aéreas. O comunicado oficial foi feito pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Segundo o Tribunal, o pedido foi feito pelo próprio administrador e gestor judicial do grupo, Licks Contadores Associados, que alegou que a Viação Aérea Rio-Grandensa não tinha condições de pagar suas dívidas. A antiga Varig faliu sem ver o fim da ação que cobrava da União cerca de R$ 4 bilhões por perdas com o congelamento de tarifas nas décadas de 1980 e 1990. A empresa ganhou a questão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a disputa judicial seguiu para o Supremo Tribunal Federal, onde ainda não foi julgada.



 Curiosidades

Seções de curiosidades são desencorajadas sob as políticas da Wikipédia.

Este artigo pode ser melhorado integrando ao texto itens relevantes e removendo os inapropriados.



A Varig conquistou o título de melhor pintura áerea do mundo. Consistia em duas cores: o azul e o branco, junto com sua famosa estrela (rosa-dos-ventos) no estabilizador vertical. Atualmente a Varig utiliza as cores branco e azul, e sua famosa rosa-dos-ventos que agora é laranja por carregar o espírito da Gol e cortada ao meio no estabilizador vertical.

A Varig foi a transportadora oficial da turnê de Joss Stone, no Brasil, levando a cantora e os integrantes da banda para as localidades dos shows.

A Varig foi a primeira companhia aérea do Brasil. Depois da pioneira, surgiram a Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul S.A, a VASP, a Panair do Brasil, entre outras.

A Varig já voou para locais como: Bangcoc, Hong Kong, Johanesburgo e Tóquio, entre outros.

Os primeiros pilotos da Varig eram todos alemães.

A Varig, como empresa para-estatal, transportou inúmeras celebridades em toda a sua história, entre elas o Papa João Paulo II, jogadores da Seleção Brasileira de Futebol, presidentes de várias nações, seleções de futebol, artistas, entre outros. Alguns momentos marcantes na história da empresa foram o transporte do corpo do piloto Ayrton Senna da Itália para o Brasil, a chegada da seleção brasileira tetracampeã no espaço aéreo de Brasília em 1994 com o DC-10-30 com pintura comemorativa da seleção escoltado por jatos da Força Aérea Brasileira, seguida do taxiamento da aeronave com o jogador Romário empunhando a bandeira brasileira na janela da cabine de comando.

A Varig teve participação ativa na construção da Capital Federal. Inúmeros voos cargueiros da empresa transportaram milhares de toneladas de material até a então remota região do Planalto Central, materiais esses empregados nas centenas de obras em andamento.

Todos os voos da Varig para o Japão faziam escala em Los Angeles, tornando-a a companhia brasileira mais conhecida entre os passageiros japoneses e norte-americanos.

A Varig já transportou todos os presidentes brasileiros desde Getúlio Vargas até Fernando Henrique Cardoso. Durante três décadas, depois de ter tomado as linhas da Panair, voava com quase que exclusividade para destinos internacionais e obtinha todo tipo de privilégios das autoridades aeronáuticas, além de vantagens financeiras em financiamentos de bancos públicos, que lhe davam aura de empresa estatal, apesar de nunca ter sido. A Varig distribuía assentos não ocupados para centenas de funcionários públicos civis e militares. Porém esta preferência foi diminuindo aos poucos e no final de seu segundo mandato, o presidente Cardoso contratou a TAM para suas viagens, pois ele não queria mais viajar de Sucatão. Depois disso, o presidente Lula adquiriu um novo avião para uso da Presidência da República.

Um dos grandes mistérios da VARIG foi a suspeita concessão das linhas que pertenciam à Panair do Brasil. Pelo que se entende, a VARIG, na era da ditadura militar, tinha influências políticas poderosas (principalmente através de Ruben Berta), o que acabou sendo utilizado para tirar do mercado, na época, sua maior concorrente, que era a própria Panair do Brasil. A empresa foi liquidada de forma fraudulenta pelo governo ditatorial militar, sem justificativa plausível, da noite para o dia, e no amanhecer já havia, inexplicavelmente um avião 707 da VARIG aguardando os passageiros que voariam pela Panair. Os ex-funcionários e muitos simpatizantes da Panair culpam até hoje a VARIG e o governo ditatorial militar pela destruição deliberada e decadência provocada e repentina da empresa Panair do Brasil, a cujo padrão de qualidade, a Varig jamais conseguiu alcançar, tampouco superar.

Anos mais tarde, a VARIG entrou em outras polêmicas quanto seus concorrentes: tomou, sem pagar um centavo, toda a estrutura da Real Aerovias, e na década de 80, após ter sido vendida para a VASP, a Cruzeiro do Sul amanheceu nas mãos da VARIG.

No passado, durante os anos áureos da empresa, seus escritórios de reservas e atendimento aos passageiros e clientes no exterior eram considerados verdadeiros consulados extra-oficiais do país, pois prestavam os mais variados serviços de apoio e forneciam inúmeras informações ao público brasileiro abastado, em viagem. Além da excelência no atendimento, essas lojas também eram famosas pelo seu requinte e localização privilegiada como a de Paris que fica em plena Avenida Champs-Élysées e a de New York que ficava instalada no Rockefeller Center. Muitas vezes serviam de ponto de encontro para grupos de turistas que se dividiam em diferentes roteiros pelas cidades visitadas.

O serviço de bordo da Varig sempre primou pelo requinte, seguindo um padrão de excelência inspirado no da Panair do Brasil, e idealizado por Helio Smidt. Na Primeira Classe, era servido caviar. Tratava-se de uma extravagância de apelo publicitário questionável, já abandonada pela imensa maioria da companhias aéreas devido ao altíssimo preço do produto. Após o colapso da Varig, descobriu-se que a iguaria abastecia os voos da empresa e algumas das festas mais badaladas do Rio de Janeiro. Em uma entrevista ao Jornal do Brasil, o promoter Bruno Chateaubriand declarou que só fazia festas com "o caviar da Varig". Segundo Chateaubriand, as latinhas chegavam às suas mãos por 90 reais, um quinto do valor de mercado. Não há notícia de que a Varig tenha recebido um tostão sequer por essa operação ou que Chateaubriand tenha sido indiciado por receptação. Os custos do caviar, porém, foram mensurados: 6 milhões de reais ao ano.[3]

A antiga Varig Engenharia e Manutenção, atual TAP Engenharia e Manutenção, foi por várias décadas reconhecida internacionalmente pelo seu alto padrão técnico, tendo prestado serviços para diversas outras empresas nacionais e internacionais. Os dois principais parques de manutenção estão localizados na cidade do Rio de Janeiro, onde está o maior hangar da América Latina (assim como maior vão livre coberto da América Latina) e em Porto Alegre. Após o colapso da Varig o parque de manutenção entrou em decadência e hoje, sob controle da TAP, atende apenas algumas empresas.

Em meados de 2001 o jornalista e especialista em aviação, Edmundo Ubiratan, criou um website com a história integral da companhia até seus 75 anos. O website, hoje fora do ar, é ainda considerado um dos maiores acervos digitais sobre a história da Varig.

Para alguns fãs da VARIG, a empresa existiu por dois anos sob a marca Flex.

Quando operou os Boeing 777, a Varig matriculou as aeronaves com prefixos PP-VR*. Algumas aeronaves assim registradas foram carinhosamente apelidadas, como registrado com o PP-VRC "Roberto Carlos" e PP-VRD "Regina Duarte". Contudo, os aviões PP-VRA foi oficialmente batizado como Otto Meyer, enquanto o PP-VRB foi batizado como Rubern Berta.

 Acidentes e incidentes

A Varig teve uma série de acidentes ao longo de sua história, os quatro mais famosos foram:



11 de julho de 1973, voo 820 próximo a Paris, França: Um Boeing 707 fez um pouso forçado devido a fogo num toalete, com 123 mortes, entre eles viajava Filinto Müller, ex-chefe da polícia política de Getúlio Vargas; o cantor Agostinho dos Santos; a socialite Regina Léclery. Os poucos sobreviventes eram tripulantes, que correram para a cabine de comando, além de um único passageiro;

30 de Janeiro de 1979, Boeing 707-323 Cargo prefixo PP-VLU: Sob o comando do mesmo comandante do voo 820 de Paris (um dos poucos sobreviventes), o avião desapareceu sobre o oceano cerca de trinta minutos após a decolagem em Tóquio. Nenhum sinal da queda (destroços ou corpos) jamais foi encontrado. O voo de carga transportava, entre outros itens, 153 quadros do pintor Manabu Mabe, que voltavam de uma exposição no Japão. As pinturas foram avaliadas na época em mais de US$ 1,24 milhão. É conhecido por ser o maior mistério da história da aviação até os dias de hoje;

2 de janeiro de 1987, o voo 797 entre Abidjan e o Rio de Janeiro operado pelo Boeing 707 cai quando tentava regressar ao Aeroporto africano com problemas em um dos motores. Dos 51 ocupantes somente 1 sobreviveu.

3 de setembro de 1989, voo 254 próximo a São José do Xingu, Brasil: erro de navegação do comandante Garcez e do co-piloto Zille fez com que o avião, um Boeing 737-200, vagasse sobre a Amazônia até que o combustível terminasse, obrigando-os a um pouso forçado noturno na selva. Doze dos 48 passageiros morreram no acidente. Os sobreviventes foram forçados a buscar ajuda antes de serem descobertos dois dias depois;

Aeronaves utilizadas pela VARIG em sua história (1927-2008)

Dornier Do J Wal (1927-1930) - Primeira aeronave de transporte comercial do Brasil

Dornier Do Merkur (1927-1930) - Único do seu tipo usado no Brasil

Klemm L-25 (1930-1934)

Moraine-Saulnier MS130 (1931-1936)

Nieuport Delage 641 (1931-1936)

Junkers A 50 Junior (1931-1943) - Adquirido para tarefas de instrução

Junkers F-13 Ke (1932-1948) - Responsável pela abertura de muitas linhas da Varig

Messerschmitt Bf108 Taifun (1936)

Messerschmitt M20B (1937-1948) - Primeiro avião de grande porte da Varig

Junkers Ju52 (1938-1942) - Primeiro trimotor da Varig

Fiat G.2 (1942-1944)

De Havilland DH89A Dragon Rapide (1942-1945) - Único biplano utilizado pela Varig

Cant Z.1012 (1942-1943)

Lockheed L.10A/10E Electra (1943-1955)

Douglas DC-3 (1945-1970) Primeiro avião desse tipo utilizado pela Varig

Noorduyn Norseman (1947-1950) - Utilizado no transporte de cargas

Curtiss C46A/D (1948 - 1956)

Convair 240 (1954 - 1968) - Primeiro avião pressurizado da Varig

Lockheed L.1049.G Super Contellation (1955-1967) - Primeiro quadrimotor da Varig

Curtiss Super 46C (1955-1967)

Sud Aviation SE-210 Caravelle I (1959-1964) - Primeiro jato da Varig

Douglas DC-6B (1961-1968)

Boeing 707

Boeing 707-400(1960-1979),

Boeing 707-300 (1966-1989)

Lockheed L-188 Electra (1962-1991)

Convair 990-30 Coronado (1963-1971)

Douglas DC-8-33 (1965-1974)

Hawker Siddeley HS748 Srs 2 (1968-1976)

Boeing 727 (VARIG: 1970-1992, VARIG LOG: 1970-2006)

Boeing 727-100

Boeing 727-200 (VARIG LOG) - (2000-2007)

Boeing 737

Boeing 737-200 ADV (1974-2003),

Boeing 737-300 (1987-2009),

Boeing 737-400 (2000-2006),

Boeing 737-500,

Boeing 737-700,

Boeing 737-800 (2001-2006)

Airbus A300 (1981-1990): PP-VND, PP-VNE

Boeing 747

Boeing 747-200 (1980-1996): PP-VNA , PP-VNB , PP-VNC , PP-VNW - Primeiro modelo de 747 da empresa.

Boeing 747-300 (1985-1999): PP-VNH , PP-VNI , PP-VOA , PP-VOB , PP-VOC - Último modelo de 747 usado pela empresa.

Boeing 747-400 (1991-1994): PP-VPG, PP-VPH e PP-VPI - Maior avião usado pela varig e avião que a consagrou e marcou saudade aos brasileiros.

Boeing 757(2004-2006): PP-VTQ , PP-VTR , PP-VTS , PP-VTT.

Boeing 767

Boeing 767-200 (1986-1987),

Boeing 767-200ER (1987-2003; 2007-2008),

Boeing 767-300ER (1989-2006; 2007-2013)

Boeing 777-200ER (2001-2006): PP-VRA , PP-VRB , PP-VRE , PP-VRF , PP-VRI , PP-VRJ (VRC, VRD, VRI E VRJ eram -200A).

Douglas DC-10-30 (1974-1999): PP-VMA , PP-VMB , PP-VMD , PP-VMO , PP-VMP , PP-VMQ , PP-VMR , PP-VMS , PP-VMT , PP-VMU , PP-VMV , PP-VMW , PP-VMX , PP-VMY , PP-VMZ - Primeiro trijato da empresa

MD-11 (1991-2006) : 23 não-ER e 3 ER PP-VQI , PP-VQJ , PP-VQK - Avião mais usado pela empresa,eram 26 unidades.

MD-82 (1982-1983): PP-CJM (Cruzeiro).
 
 
 
 
 
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